segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O BRASIL E A JABUTICABA

É impressionante o que esta acontecendo nas nossas barbas nesta eleição. O povo brasileiro quer a continuação da estabilidade econômica, da melhoria da vida, de emprego, da educação, da liberdade de expressão e tudo o mais que o estado e a sociedade conquistaram nos últimos 25 anos. Todas idéias liberais e capitalistas. Mas o povo não sabe disso. Foram os tucanos no poder que lideraram as mudanças que possibilitaram a bonança que ora desfrutamos. No entanto, roubaram-lhe as conquistas, derrubaram seu prestígio e se apoderaram dos seus feitos.
O petismo apropriou-se de bandeiras que nunca foram suas e nos subterrâneos do poder esforça-se para ir mudando nosso mundo de liberdade e estabilidade a maneira do comunista italiano Gramsci. Com uma propaganda poderosa, espalham notícias de vitórias imaginárias e conquistas personalistas.
Em 2002, para a normalidade ser restaurada e a fuga de capitais ser estancada com a ameaca que representava a eleicao do candidato do PT, Lula teve que renegar de público as idéias que o partido vinha defendendo desde a sua fundacao e já no governo, em 2003, continuasse a política econômica de FHC através do comando de Antonio Palocci. Desde 2002, o ex-ministro Palocci não tem nenhum problema em reconhecer com todas as letras o mérito dos governos anteriores no longo esforço de estabilização macroeconômica que favorece todas as outras dimensões da vida do povo brasileiro. Sem estabilização não há conquistas sociais e nem prosperidade.
Entretanto, Dilma Roussef não concorda com isto e nem com Antonio Palocci. Dilma nunca concordou com o ex-ministro enquanto ele esteve no Ministerio da Fazenda e não vai deixar de lado suas próprias idéias políticas e econômicas que defendeu com bastante clareza nestes últimos 7 anos em franca oposição a Palocci. O sectarismo de Dilma Roussef não lhe permite uma visão sensata de como o país e o mundo avançaram nestes 25 anos. Dilma foi convencida que o discurso de Palocci pode ajudar a ganhar a eleição mas tem grande dificuldade para manter a encenação sem deixar que suas próprias convicções aflorem. Por isso fala pouco e fugirá dos debates. Uma farsa criada para ajudá-la a se eleger. E depois? Estou inclinada a acreditar que seu eventual governo não será de continuidade ao de Lula como querem nos vender.
O PT, na oposição foi contra o Plano Real que finalmente controlou a inflação. Foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Só aderiu em 2002 por pragmatismo e de olho no poder. E agora, neste ano de eleição tem desprezado todos os conceitos consagrados e vai na contra mão da sensatez - aumenta o gasto com a folha de pagamento ( 2 bilhoes para apenas 1 milhão de brasileiros), a inflação retorna, o presidente afronta o Tribunal Eleitoral e ainda afirma que "temos mesmo que pagar imposto".
Tudo em nome da continuidade de um suposto governo para o povo. Governo este que diga-se de passagem governa mais para os ricos que para os pobres. Exemplo e o bolsa família que se limita apenas a 5% do PIB nacional.Salário mínimo? Lula da aumentos com o nosso dinheiro, afinal de contas e o povo que contribui para o INSS. Se houver, como hoje, emprego com carteira assinada, a arrecadação previdenciária sobe e nada mais justo que dar ganho real para quem contribuiu por 30 anos. Agora os ricos!!!! Como estão ricos. As empreiteiras sendo financiadas pelo BNDES com juros de 1% . Mas so para um grupo seleto, amigo do poder.E assim - o Tesouro capitaliza o BNDES com juros de 6% e o banco repassa a 1% para as empresas. Isto se chama BOLSA EMPRESA. Temos uma mais especifica, a BOLSA X, exclusiva para o Eike Batista, transformado no homem mais rico do Brasil em 3 anos. E a política do Banco Central de manter os juros mais altos do mundo, enriquece qualquer banqueiro. Quer dizer, o operário governa mesmo para os ricos ainda que a propaganda seja direcionada para os pobres, que acreditam.
O Brasil é um país único, como a jabuticaba, que só aqui dá.
Queremos um país com liberdade, democracia, imprensa livre, com estabilidade econômica e prosperidade para o povo. E este mesmo povo está sendo induzido a votar na direção contraria as suas aspirações e necessidades.

Um comentário:

Caras Cariocas disse...

Concordo plenamente. Também não creio, não acredito, na Dilma. É difícil para ela esconder do público a prepotência e a arrogãncia que os que trabalham junto com ela sofrem. O jogo de cintura que o Lula teve, e que permitiu que se aproveitasse e se apropriasse das boas coisas do FH, a Dilma não tem.....