quarta-feira, 15 de junho de 2011

O PETRÓLEO (NÃO) É NOSSO

Tenho lido mais atentamente a seção Cartas dos leitores no jornal que assino e frequentemente encontro textos que me fazem ter esperança em um futuro melhor para nós, "brasileiros e brasileiras" que assistem o show da vida política brasileira. E que pagam a fatura, cada vez mais alta. A carta que me animou a escrever é de um homem do Rio de Janeiro, creio que não devo revelar o nome. Mas ele fala exatamente o que eu penso e já escrevi neste blog e em outros espaços. A carta do leitor tem o seguinte teor - " ....para produzir petróleo em aguas profundas como o pré-sal, será preciso pesquisar e desenvolver novas tecnologias, processo caríssimo e de longo prazo tanto a pesquisa como o retorno. Além de ser uma operação arriscada, não podemos esquecer o acidente do Golfo do México. Por outro lado, em todos os cantos do mundo novas fontes de energia estão sendo pesquisadas e desenvolvidas neste instante. Também campos mais fáceis e baratos de serem perfurados podem empurrar o pré-sal para um futuro tão distante que talvez ele já não seja necessário quando este futuro chegar." Óbvio!! Todos os dias lemos e ouvimos informações sobre a pesquisa de novos combustíveis no mundo desenvolvido, o incentivo ao uso de transportes alternativos que utilizem material reciclável e não poluente. Até mesmo bicicletas, inclusive nos países onde o frio é um obstáculo. Na Dinamarca, o primeiro local a ser limpo depois de uma nevada é a ciclovia. Então, por que gastaremos uma montanha de dinheiro com este tipo de objetivo? Qual é mesmo o plano? O marco regulatório que o Lula fez o Congresso aprovar, permite a gastança que já começou com a criação de estatais sem a devida análise da sociedade. Para que serve então a PETROBRÁS? Afinal a gigante já nos come uma fatia considerável de impostos sem nos dar nenhum retorno e muito menos satisfação - absoluta caixa preta. Falando na gigante, as ações preferencias PN (sem direito a voto) valiam em 2009 R$ 22,75 , resultado da crise de 2008. Entretanto, hoje estao valendo R$ 23,00, quase o mesmo. As ações ordinárias ON (com direito a voto) valiam R$ 28,31 em 2009. Hoje valem menos, R$ 25,52. O que está havendo? As corretoras já começaram a tirar as ações da estatal de seus portfolios ( vide a corretora ÁGORA). o governo petista com suas estratégia ideológica não se deu conta ainda do monumental equívoco que cometeu ao mudar o marco regulatório aprovado no governo FHC. Sem falar no prejuízo que os estados produtores terão se a pressão exercida pelos estados do Nordeste sobre o presidente do Senado der resultado e votarem novamente na Câmara o veto dado ao projeto. Cabe ressaltar que o presidente do Senado é representante do Amapá e dono do Maranhão, um dos estados mais pobres do Brasil. Infelizmente, a única certeza que tenho é a conta que nossos filhos terão que pagar por nos recusarmos a ser mais combativos e participarmos mais da vida política do país.

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