quinta-feira, 11 de outubro de 2012
EFEITOS DO MENSALÃO
Apesar das revelações
didaticamente apresentadas pelo Ministro relator Joaquim Barbosa da ação penal
470, o escândalo do Mensalão bem como as condenações já proferidas, entre elas
a de José Dirceu e de José Genoíno, não
afetaram como era de se esperar as eleições municipais. Apesar de tudo, o PT
conseguiu aumentar o numero de prefeituras no país. A nova pesquisa para o 2* turno de São Paulo aponta Fernando Haddad,
o candidato criado por Lula, 10 pontos a
frente do candidato José Serra. O que esta acontecendo com o Brasil? Será que as pessoas não perceberam o que foi
realmente o Mensalão? Uma ação organizada pelo 2* homem mais importante da
República petista com o objetivo de comprar apoio político partidário e aprovar leis e emendas constitucionais de
interesse do partido e, totalmente contrárias a tudo que o PT pregou até então.
Revelou-se no julgamento toda a sujeira e desvio de dinheiro público para
compra de parlamentares inescrupulosos e
suas consciências para votarem como queria o PT. Considerado o maior ataque a República porque não
foi ligado a um projeto de governo e sim a um projeto de poder, cuja natureza
ideológica põe em risco ate mesmo nossa Democracia. Os eleitores de um candidato que votaram em suas promessas de
campanha, assistiram a mudança de lado
de seu candidato sem saber que o motivo é que teria sido corrompido pelo
partido do poder, o PT. O mais grave é
que tudo foi feito com dinheiro público, dos nossos impostos. Além de pagarmos
a corrupção dos parlamentares a título de apoio político, o dinheiro desviado serviu até
para pagar "seguro" da amante
do presidente do PTB morto em acidente – R$ 200 mil reais. Dinheiro público, oriundo do Banco do Brasil.
Dinheiro dos nossos impostos que deveriam ser aplicados na Saúde dos menos
favorecidos e na Educação , para acabar com o flagelo do analfabetismo que
permanece em nosso país e o que talvez justifique esta situação. O que podemos
fazer, cada um a sua parte, para
eliminar este partido que tanto nos envergonha e que apesar de tudo continua
crescendo no nosso país? Estamos
pacifica e alegremente virando uma
Venezuela.
domingo, 30 de setembro de 2012
OS MUNICÍPIOS E OS ROYALTIES DO PETROLEO
A matéria publicada em 29/09/2012 e assinada
pelo Merval Pereira, articulista do
jornal O Globo teve como tema a pesquisa realizada pela MACROPLAN, empresa especializada em estudos de cenários a longo prazo, sobre os efeitos da distribuição dos royalties do petróleo entre
as 25 cidades do Estado do Rio de
Janeiro(16) , Espirito Santo (5) e São Paulo(2). Estas cidades, juntas,
recebem 70% daqueles recursos. Na ultima década 2000-2010 isto alcançou o
montante de R$ 27 bilhões. Ainda que o crescimento econômico destas cidades esteja na sua melhor fase, isto não se
refletiu nos indicadores sociais.Vejam que o PIB em 18 das 25 cidades (72%) estudadas cresceu mais que o PIB do seu
Estado. O crescimento demográfico vigoroso mas esperado, na maioria
dos municípios e a necessidade de uso do setor público, em especial, saúde, educação e saneamento, além de
dificultar o caminho do desenvolvimento, trouxe os efeitos colaterais
relacionados a deterioração urbanística, aumento do trabalho informal e má
distribuição de renda. Os números indicam que
naquela década, 9 dos 25 municípios (36%) tiveram uma expansão de 100% na taxa de habitação subnormal. Nos demais a taxa foi menor. A Segurança Pública em cerca de 52% dos
municípios tiveram taxas de homicídios acima da média dos seus respectivos
estados. Búzios, Cabo Frio, Linhares e Paraty entre elas. Alguns municípios
registraram queda no IDEB, índice educacional. A taxa de analfabetismo entre
pessoas com mais de 15 anos, medida pelo Censo do IBGE de 2010 mostrou que 20
das 25 cidades (80%) registraram media de analfabetismo superior aos seus respectivos estados. Parece
que a maldição do petróleo tomou conta destes municípios. Este é um fenômeno
registrado nas principais economias produtoras de petróleo do mundo A Venezuela, os países produtores
da África e o Oriente Médio são exemplos desta “maldição”. Nestes países, a produção de petróleo é controlada
pelo Estado. O povo é pobre e analfabeto. A exceção são os EUA cuja exploração, produção e distribuição estão
nas mãos do setor privado. A semelhança observada nas cidades estudadas foi o
incremento de 74% de emprego na máquina
pública, mais do dobro da média brasileira e longe dos setores carentes como saúde e educação. As despesas de pessoal e custeio
dobraram em termos reais enquanto os investimentos cresceram apenas 24%. Mas apesar
disso, a taxa de desemprego é bastante elevada nestas cidades, maior que a
média brasileira. Em 2010, 17 dos 25 municípios , o percentual de pessoas na
condição de pobreza extrema era mais alto do que a média dos seus estados. 41 mil pessoas
apresentaram renda inferior a R$ 70 reais e quase 200 mil renda inferior a R$
127 reais. A pesquisa termina informando
que com menos de 1% do volume anual de royalties seria possível erradicar a pobreza extrema.
Podemos inferir mais uma vez o equivoco de se dar dinheiro sem contrapartida. A
segunda conclusão é que o Estado brasileiro como gestor estratégico está no mesmo patamar da
África, Venezuela e Oriente Médio. A última conclusão é que o ESTADO, qualquer que seja ele, é péssimo gestor.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Mensalão
Volto depois de quase 1 ano sem postar nada. E o que me faz escrever novamente? O julgamento do Mensalão, o apelido dado a este conjunto de pessoas e procedimentos criminosos ocorridos logo no inicio do governo Lula, sempre ele. Lula e os petistas protagonizaram na última década as maiores agressões a Constituição e a Republica brasileira. Por mais que o PT e seus seguidores, esclarecidos ou não, doutores e professores insistam em defender o maior escândalo na democracia recente, a amplitude do esquema está se revelando no julgamento no STF. Nem o Collor ousou ir tão longe. Corrupcão alta mas nada comparado ao plano autoritário de manobrar as votações da Camara através da compra dos deputados por meio de propinas distribuídas a partir do comando central do PT com dinheiro público. A arrogância dos petistas implementando tal plano revela-se na falta de cuidado com que os participantes, mandantes, recebedores e operadores do desvio do dinheiro, agiam praticamente as claras. Um belo exemplo é a esposa do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, sacadora de 50 mil reais em uma agencia do Banco Rural - como se estivesse recebendo dinheiro suado ganho honestamente. A arrogância é sempre burra. Mas estou observando indícios entre os juízes do Supremo Tribunal Federal de enfrentar a conjuntura política que tem emporcalhado o nosso pais nos ultimos anos e julgar com isenção e bom senso o que se apresenta nos autos da denúncia do Procurador Geral da República. Alias o primeiro PGR a formular a denuncia do Mensalão foi Antonio Fernado de Souza. Roberto Gurgel assumiu e deu prosseguimento. Nota-se entre os juízes do STF ceticismo em relação as defesas apresentadas pelos advogados dos réus. Lula deve estar se rasgando ao observar a disposição de Joaquim Barbosa ao defender a cada voto proferido esclarecimentos e contrapontos as justificativas apresentadas. O relator pediu a condenação de todos os envolvidos no desvio de dinheiro na Câmara dos deputados e no Banco do Brasil. Foi acompanhado pelas mulheres, a ministra Rosa Weber e Carmen Lúcia e do ministro Fux. O ministro Dias Toffoli condenou os envolvidos no desvio de dinheiro no Banco do Brasil mas absolveu na Camara, assim como o ministro revisor Levandosky. Era esperado. Os votos de hoje, 27 de Agosto de 2012 acendem uma luz de esperança para quem ainda acredita que o Brasil pode ser melhor. Não faço segredo que nao sou petista e nunca fui. Nao quero sangue mas quero que a justiça prevaleça e que essas pessoas que se aproveitaram dos seus cargos para enganar o povo sejam punidas exemplarmente. Dirceus, Genoinos e Delúbios tem que ser afastados definitivamente da vida pública. Assim como os Valérios, Cachoeiras e aloprados. Vamos aguardar as boas notícias que se aproximam rapidamente pelas mãos dos ministros do Supremo.
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